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Barraqueiros de Mosqueiro recebem orientação sobre combate à discriminação e preconceito contra visitantes

• Atualizado há 5 meses ago

A Prefeitura de Belém, por meio das coordenadorias da Mulher, da Diversidade Sexual e de Antirracismo, com apoio da Guarda Municipal e Agência Distrital de Mosqueiro, nesta quarta-feira, 6, e quinta, 7, promove ação de conscientização contra discriminação, racismo, LGBTI+fobia e violência contra à mulher no distrito de Mosqueiro. 

De acordo com a idealizadora do Projeto Viver Livre, a servidora da Coordenadoria da Mulher (Combel), Nirna Tourinho, o objetivo da ação é sensibilizar os comerciantes e barraqueiros dos distritos sobre a garantia que todos os clientes recebam tratamento digno e igualitário, independentemente de raça, credo, orientação sexual ou gênero.

“A ideia surgiu de algumas denúncias que recebemos de pessoas que sofreram homofobia. Por isso, estamos atuando para prevenir novos casos e chamar os comerciantes para o combate a todo tipo de violência contra minorias”, afirma a servidora da Combel. 

Prevenção – Em 2022, de acordo com o Datafolha, houve um aumento de todas as formas de violência contra as mulheres desde xingamentos e ameaças de feminicídios, passando por violências psicológicas no Brasil. Cerca de 50 mil mulheres sofreram algum tipo de violência a cada dia no ano passado. Sabendo disso, Nirna Tourinho explica que “é importante que a gente consiga dar o mínimo de tranquilidade possível para que as mulheres possam aproveitar as festas de fim de ano”.

A campanha aborda os temas com os comerciantes e barraqueiros, a fim de que os turistas sejam bem recebidos e bem atendidos e que eles   atuem em parceria com a Prefeitura na luta contra qualquer tipo de discriminação. 

LGBTI+fobia 

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os crimes de violência por LGBTI+fobia no Brasil, em 2022, uma pessoa homossexual foi assassinada a cada 32 horas. Entre os tipos de violência, as mais comuns são: agressões físicas e verbais, além de negativas de fornecimento de serviços. “É esse tipo de atitude que procuramos combater com a nossa campanha. Trazer para o nosso lado os barraqueiros e comerciantes contra qualquer tipo de violência”, explica a servidora da Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), Andrezza Mota. 

Racismo 

No Anuário também foram divulgados que os números de casos de racismo saltaram de 1.464 casos em 2021, para 2.458. A taxa nacional em 2022 ficou em 1,66 casos a cada 100 habitantes, uma alta de 67% em relação ao ano anterior. 

“A gente tem percebido esse aumento da violência divulgado nos jornais. É muito bom receber a ação da Prefeitura e saber que podemos colaborar com o combate à violência. Seja contra quem for”, afirma a garçonete de um restaurante localizado na orla do Chapéu Virado, Silvia Figueiredo. 

Canais de denúncia 

Crimes como racismo, violência contra LGBTI+ e contra mulher têm crescido a cada ano. Por isso, é importante o incentivo à denúncia. Faça sua parte contra todos os tipos de preconceito.

Denúncia contra violação de Direitos Humanos – Disque 100

Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH) – (91) 3212-3626

Delegacia da Mulher (Deam) – (91) 3246-6803

Denunciar e ajudar vítimas de violência contra a mulher – Disque 180.

Texto: João Neto

Fotos: Ascom/Combel

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