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Prefeitura de Belém investe na segurança dos frequentadores da Praça da República

• Atualizado há 3 anos ago

Cerca de 45 dias depois de ter sido reinaugurada e devolvida completamente restaurada à população de Belém, a Praça de República, um dos mais conhecidos cartões postais e pontos turísticos de Belém, localizado no Centro da capital, segue como um espaço de lazer e contemplação para as famílias belenenses e de outros locais que buscam a tranquilidade e a segurança de um bom passeio.

Às obras na praça, que mudaram para melhor a paisagem do local, se juntou uma política de ocupação do espaço, coordenada pela PMB e que envolve quase a totalidade das secretarias municipais de Belém. Um dos pontos mais visíveis é que a praça passou a contar com um administrador, cujo local de trabalho fica dentro do espaço, e com um novo posto da Guarda Municipal de Belém (GMB), localizado em um ponto estratégico, o que permite rondas policiais durante 24 horas em toda a extensão da praça. Além disso, em breve será inaugurado o sistema de monitoramento por câmeras que vai cobrir toda a área da praça.

Guarda – Para melhorar ainda mais a ação dos agentes da Guarda Municipal, os integrantes da guarnição que atuam na Praça da República participam desde terça-feira 2, prosseguindo até o dia 8 de fevereiro, de um curso de Capacitação e Atualização Profissional. Na manhã desta quarta-feira, 3, doze agentes da GMB estavam assistindo à palestra sobre “Uso Legal e Progressivo Diferenciado da Força”, com o inspetor Arlindo Guedes, também da GMB, no auditório da sede da Guarda.

Além desse tema, as cinco turmas de 12 agentes vão ter aulas sobre Ética, Direitos Humanos e Cidadania; Noções de Direito na Atuação Policial; Relação Interpessoal; Defesa Pessoal; Patrimônio Histórico do Município de Belém; dentre outros temas, nos horários da manhã e da tarde, somando 40 horas de estudos semanais.

Para o inspetor Arlindo, o uso progressivo e moderado da força consiste na seleção adequada de opções pelos agentes de segurança em resposta à ação do indivíduo infrator a ser controlado. “O princípio básico da ação é a seleção adequada de resposta, conforme o nível de agressão que deve ser contida, mas sempre buscando a conscientização da legalidade dessa ação”, explicou o inspetor.

O policial também colocou os seis níveis de força progressiva que são obedecidos pelos agentes da GMB, que são, pela ordem, presença física, verbalização, controle de contato, controle físico, táticas defensivas não letais e, por fim, força letal, sendo que esta última somente é usada em reação a uma agressão letal.

Segurança – O trabalho de manutenção de segurança na Praça da República feito pela Guarda tem o apoio direto e constante da administração do local. O posto do administrador do espaço, Edson Edmilson Melo, utiliza como base um quiosque às proximidades da rua Oswaldo Cruz. É desse posto que Edson tem o domínio das ações que ocorrem na praça.

“O que percebemos aqui é que a questão do vandalismo caiu a uma taxa quase zero de ocorrências. Não temos mais pichações e nem os elementos da praça, como bancos e lixeiras, estão danificados. Também não temos mais a ocupação do local por moradores de rua, mas isso é resultado de uma presença constante do poder público por aqui”, enfatizou Edson.

O administrador disse que o trabalho é diário e continuado, mas que, pela extensão da praça, alguns problemas ainda persistem. “Estamos atentos, cada vez mais, à questão do roubo de plantas no paisagismo da praça. Já registramos uns poucos, mas que serão coibidos com rigor. O que fica à vista é que esse procedimento é um tanto cultural, mas as pessoas precisam entender que esse espaço é delas também e ajudar a manter os jardins”, pontuou.

Edson falou também sobre a atuação dos fiscais da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e da Ordem Pública, que tem ajudado bastante na questão da possível ocupação de ambulantes não cadastrados pela Secon. Os fiscais da Secon fazem rondas diariamente no local para disciplinar, ordenar e fiscalizar a ação de ambulantes ilegais. Nos finais de semana, esse trabalho recebe o apoio dos agentes da Ordem Pública.

O trabalho da administração também conta com o apoio de duas associações localizadas às proximidades da praça, a Associação dos Moradores do Bairro da Campina e a Associação dos Amigos da Praça da República. A primeira tem linha direta com o administrador por meio do aplicativo WhatsApp. “Quando alguém da associação percebe algum problema ou alguma coisa suspeita entra em contato conosco, que buscamos resolver a questão o mais rápido possível. Dessa forma, a sociedade civil passa a ter um contato direto com o poder público, o que é bom para os dois lados”, comemorou o administrador.

Quem está muito satisfeita com a nova fase da Praça da República é Helen Cavalcante, recreadora de cães, que utiliza o local para passear com os animais. “Eu chego muito cedo à praça, antes até das 6 horas, mas nesse horário já vejo os guardas municipais fazendo rondas. Me sinto bastante segura agora, porque antes eu via coisas por aqui e tinha que fingir que não via. A praça tinha de tudo, de tráfico de drogas até pessoas dormindo em barracas nas calçadas. Depois da reforma, as coisas mudaram, e eu até já vi famílias reunidas e passeando por aqui bem tarde da noite, o que não ocorria antes”, elogiou.

A manutenção e administração da Praça da República, além do apoio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) e da Secon e do policiamento da Guarda Municipal, conta ainda com a atuação das Secretarias Municipais de Meio Ambiente (Semma) na manutenção do paisagismo; de Educação (Semec), nas atividades recreativas; e de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), nas atividades recreativas e de esporte; além da atuação da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) na orientação e cuidados com os moradores de rua.

Depois de passar por uma cuidadosa reforma, a Praça da República foi reinaugurada em 14 de novembro do ano passado, após 22 meses em obras, ao custo de R$ 5 milhões, investidos e bancados pela Prefeitura de Belém (PMB), por meio da Seurb.

Matéria originalmente publicada na Agência Belém.

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