Guardas municipais de Belém aprendem sobre racismo ambiental, religioso e territorial em curso

• Atualizado há 1 ano ago

O racismo é um problema da sociedade. “Preparar os agentes da segurança pública humanizada, com olhar igualitário, com tratamento amoroso, é contribuir pra uma sociedade onde as pessoas vão se sentir protegidas e acolhidas”, disse o vice-prefeito de Belém, Edilson Moura, no segundo dia do curso de Segurança Cidadã e Enfrentamento ao Racismo. O curso é promovido pela Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Coordenadoria Antirracista (Coant) e da Secretaria Municipal de Administração (Semad), para os agentes da Guarda Municipal de Belém (GMB). Iniciado nesta terça-feira, 30, o evento prosseguiu esta quarta-feira, 31, no auditório da GMB, no bairro do Marco.

“Agradeço o convite e parabenizo a Coant, a Semad e a GMB por estabelecer essa relação, que só vai trazer benefícios”, completou o vice-prefeito.

Debates

A primeira palestra foi da psicóloga da Coant Raissa Santos. Ela falou sobre o conceito de racismo, discriminação e preconceito. A psicóloga exibiu um vídeo que trata do tema e explicou as várias formas de racismo, racismo institucional, políticas públicas e abolição.  

A programação seguiu com a palestra sobre Racismo Ambiental, Religioso e Territorial, mediada, respectivamente, pela Mãe Nangetú, da religião animista (Candomblé) dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, pela antropóloga e líder quilombola Vanusa Cardoso, e pelo doutor em antropologia social Almires Guarani.

Os mediadores explicaram que intolerância religiosa é uma forma de racismo, e que a questão ambiental também tem causas racistas, com as injustiças ambientais, como, por exemplo, os lixões e depósitos de resíduos tóxicos, sempre concentrados em áreas habitadas pela população vulnerabilizada. A reflexão sobre o tema, com exemplos de condutas e tratamentos, também foi explanada.

Programação

O curso será finalizado nesta quinta-feira, 1° de junho, com as palestras “O impacto do racismo na saúde mental negra e indígena”, “As leis de combate ao racismo no Brasil” e a “Construção das redes de enfrentamento o racismo em Belém”.

Texto:

Thais Veiga

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