Área no Portal da Amazônia é desocupada de forma pacifica

• Atualizado há 2 anos ago

A área das obras do Conjunto Habitacional do Portal da Amazônia, localizada no bairro do Jurunas, foi ocupada de forma irregular por um pequeno grupo de pessoas no final da tarde desta terça-feira, 13.

A Guarda Municipal de Belém atuou na orientação e retirada do grupo da área, juntamente com uma equipe da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab).

As obras fazem parte do Projeto de Urbanização do Portal da Amazônia, onde a Prefeitura entregou 15 apartamentos, ainda em 2021, e tem mais 64 com previsão de entrega até 2023.

Famílias vulneráveis – O projeto de moradia é destinado a atender famílias vulneráveis remanejadas para a realização de obras de saneamento e urbanização na área, mas ficou abandonado por cerca de 10 anos.

Saída pacífica – Equipes da GMB e da Sehab estiveram, desde a manhã desta terça-feira, conversando com os ocupantes e explicando o risco que a área corre. No final da tarde, todas as pessoas saíram, por conta própria e de forma pacifica, após uma reunião com os órgãos municipais.

“Essa ocupação se deu em um do canteiros das obas do Portal da Amazônia. São dois: um da Oswaldo e esse da Bernardo Sayão. Quando tomamos conhecimento da ocupação, conversamos com eles, acionamos a Guarda e foi desocupado de formar pacifica”, explicou o secretário municipal de Habitação, Rodrigo Moraes.

“Estamos unidos para que a obra avance e as famílias beneficiadas desse programa possam receber sua habitação, em breve”, comentou o titular da Sehab.

Continuidade da obra assegurada – Ainda em 2021, a Prefeitura, por meio da Defesa Civil Municipal, realizou uma avaliação técnica e constatou problemas de engenharia e o “afundamento” da construção.

Uma equipe especializada da Sehab, de consultoria técnica, e da Caixa Econômica Federal atuam na elaboração de soluções de engenharia para assegurar o prosseguimento da obra e a entrega das unidades habitacionais para as famílias a que se destinam.

Toda a negociação foi acompanhada pelo moradores que estão inscritos no programa e que aguardam a conclusão da obra há 14 anos.

Desabafo – A autônoma Graça Marques, de 48 anos, que aguarda a conclusão das obras para ter sua casa própria, desabafou sobre a ocupação.  

“13 anos de penúria, 13 anos de luta e a gente se depara com essa situação. O sentimento é de revolta. Poxa, porque são 13 anos de aluguel. Se eles estão sem casa, a gente também tá sem casa, entendeu? Eles estão ‘invadindo’ o lugar errado. Isso me revolta, porque o projeto tá andando, ele não tá parado, a Prefeitura tá fazendo a parte dela. São mais de 200 pessoas fora de casa, aí, chega agora, que a obra tá saindo, o projeto tá andando, aí aparece isso, é terrível”, desabafou.

Proteção – Agentes da Guarda Municipal de Belém ficarão de prontidão no local e realizando rodas. A previsão é que na manhã desta quarta-feira, 14, seja colocado tapumes para proteger o espaço.

Texto:

Victor Miranda

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